sexta-feira, 3 de abril de 2009

.cotidiano ladrão.

Eu estou fora de mim. Fora do corpo que minha alma habita. Acho que isso é de algum lugar... Não tenho quorum para fazer qualquer assembléia em mim. Não tenho ganas de chorar nem gritar. Só quero estar fora de mim. Vitor Ramil pede: “inventa fora de mim, outro lugar”, acho que eu já inventei.... E cá estou. O que se perde não é nada, exceto pela carga que ainda há de se carregar em se estando fora do corpo. Essa carcaça que o mundo vê. Ainda tenho responsabilidades para com ela. Não estando finjo estar. Fingindo atuo. A atuação da vida me devora. Vou ser atriz e fazer cinema. E eu me consumo num instante, como um cigarro tragado, num ímpeto intenso. Como um copo de cerveja barata, tomado com ânsia, num boteco barato, em uma vida barata. Mas o que seria uma vida cara?! Com muito dispêndio e glamour? Ou com muito amor e promessas? Eu não sei, apenas vivo. Compelida por promessas que eu mesma me faço.
# Ps.: Escrevo porque confio na minha falta de juízo. #



[Por mim mesma, K.]
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